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A diferença entre abrir mão e desistir

  • eloafbrandao
  • 20 de jan. de 2021
  • 2 min de leitura

Foi em um desses bate-papos de cozinha que eu e minha mãe começamos a conversar sobre a diferença entre abrir mão e desistir. Se eu sei como chegamos nesse assunto? Não, mas isso a gente releva. Ela fazia o almoço e eu lia em voz alta Martha Medeiros, autora que nós duas admiramos muito.


A conclusão?


Abrir mão é uma escolha, é desencanar. Desistir é deixar que fatores externos (alguma situação difícil, as pessoas, ou até mesmo uma parte mais pessimista de nós mesmos) determinar o que podemos ou não fazer. Estão separados por uma linha tênue, mas abrir mão é perceber que uma insistência dolorosa no fim não terá valido a pena, enquanto desistir, é contentar-se com a derrota.


Abrir mão é nunca ter batido o martelo, e se bateu, surpresa!, você pode mudar de ideia. É abrir o leque das opções e pensar: "pô, aquilo não era para mim? Que pena então, mas agora que eu sei disso, bora seguir adiante." O futebol não deu certo? Tente a natação, o judô, a ginástica rítmica, o balé - que amplo cardápio! Quem sabe você não se dá bem com música clássica?


Não tá feliz no casamento? Bom, ainda bem que estamos no século XXI, né? Separe-se! Ou busque outras soluções! O tempo passou, e a sociedade, ao menos nesse aspecto, evoluiu, então usufrua de sua liberdade. Sim, esse pode ser o homem da sua vida e vocês só estão em uma fase ruim, mas fazer o quê? Arrisque-se. Ou não! Pois abrir mão é liberdade, e desistir é viver preso ao "e se", ao pensamento do que poderia ter sido.


Tá no meio de um curso e já pagou uma grana preta mas quer parar? Nossa, aí é chato mesmo... mas é onde entra uma parte importante do assunto: as consequências. Esteja você abrindo mão ou desistindo, sempre existirão consequências após nossas escolhas, sejam boas, ruins ou irrelevantes.


Dica de mamãe? Encará-las com tranquilidade!


Ah, e se só não pode lidar com o que quer agora, esqueça esse imediatismo que a sociedade nos impôs: vá com calma, redirecione seu sonho. Desacelere e reflita um pouco. Então, tranque a faculdade, peça um tempo a parceiro! O "delay" entre quando você pensa em desistir e de fato desiste é crucial. Pois é quando, às vezes, você muda de ideia ao perceber que de repente tudo voltou ao eixos. É um "desistir de desistir".


Abra mão... momentaneamente. Abra mão do definitivo. Porque se você se permitir adiar uma decisão... bom, isso já é uma decisão.


Eloá Faria Brandão

29. 07. 20


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